terça-feira, 27 de março de 2012

4º Dia: Formação Litúrgica práica

Na antiguidade os judeus faziam leituras de seus textos sagrados sem uma ordem estabelecida. Somente a partir da Era Medieval se estabeleceu um sequência padronizada das leituras a serem feitas nas sinagogas. Então, a tradição era ler primeiramente a Parashat haShavua (um trecho da Torá), seguida pelo Haftorá (uma selecção retirada do Neviim). Por exemplo, textos da era cristã descrevem Jesus fazendo uma leitura "aleatória" de Isaías 61:1-2, em Lucas 4:16-21. Os cristãos primitivos adotaram o costume judaico de fazerem leituras de trechos do Antigo Testamento no Shabat, mas logo adicionaram partes dos escritos dos apóstolos e evangelistas.

Durante os séculos, foram criados vários lecionários, tanto cristãos como judeus. Normalmente, um lecionário usa as passagens das escrituras em um padrão lógico, e incluem também as selecções que foram escolhidos pela comunidade religiosa por sua adequação para ocasiões específicas.

Na igreja católica, o lecionário é o livro católico usado na missa, mais precisamente na Liturgia da Palavra, para que sejam lidos os textos adequados à missa que se está celebrando.

Existem três tipos de Lecionários:
- Lecionário Dominical ABC - É o lecionário usado nos domingos. A sigla ABC, significa que esse lecionário é usado no ano A, no ano B, e no ano C. Também é usado nas festas e solenidades.
- Lecionário Semanal - É o lecionário usado nas missas semanais ( de segunda-feira a sábado ), e na Quarta-feira de Cinzas. Não é dividido em anos A, B, e C, mas num ciclo ferial dos anos pares (p) e ímpares (i).
- Lecionário Santoral e das Missas Votivas - É o lecionário usado nas missas da Virgem Maria, dos santos e santas, nas missas votivas, e das diversas circunstâncias.

O Lecionário Dominical contém a cada domingo

Uma Leitura das escrituras judaicas (ou de atos durante a estação da páscoa)
Um Salmo
Uma Leitura das Epístolas ou de Atos
Uma Leitura dos evangelhos

Durante o Tempo Comum, existem duas maneiras de se fazer a leitura das escrituras judaicas. Uma que progride semicontinuamente através das narrativas dos Patriarcas e do Êxodo (Ano A), as narrativas monárquicas (Ano B), e os Profetas (Ano C). A outra maneira é relacionada tematicamente às lições do evangelho para estas datas . Da mesma forma, durante o Tempo Comum, existe duas leituras separadas dos Salmos, uma que corresponde à lição semi contínua da Bíblia judaica e a outra que corresponde à lição dos evangelhos. No resto do ano as leituras dos Salmos e das escrituras judaicas estão relacionadas à lição do evangelho e estas às estações do ano litúrgico.Leituras adicionais são oferecidas em dias especiais e de festas.

Como se dividem os anos em A, B e C?

Esta é uma maneira de cobrir toda a escritura em período de três anos, que se repetem sucessivamente, permitindo que textos pertencentes a diferentes divisões da Bíblia interajam e que dialoguem entre si.
A leitura dos evangelhos para cada ano vêm de um dos evangelhos sinóticos de acordo com o seguinte padrão:

Ano A - Mateus
Ano B - Marcos
Ano C - Lucas
Leituras do Evangelho de João podem ser encontradas em todos os anos



POSTURA DO MINISTRO DA PALAVRA

O Ministro da Palavra deverá chegar na igreja pelo menos vinte minutos antes da celebração.
Aconselha-se tomar parte da Leitura a ser realizada (conforme escala prévia) já na semana anterior. Ao chegar na igreja, ele deverá conferir a leitura no Leecionário correspondente ao dia.

O Ministro da Palavra entrará na procissão de entrada logo após os coroinhas e antes dos Ministros da Eucaristia. Ao se aproximar do presbitério, fará a genuflexão dois a dois e se dirigirá para o lugar correspondente.

No momento de fazer a leitura que lhe correspnde, o Ministro da Palavra antes de subir ao presbitério fará reverência ao altar e quando estiver defronte ao ambão, também fará reverência à Palavra de Deus antes e depois da Leitura.

Aconselha-se cuidado no manuseio do microfone, bem como conferir se o mesmo se encontra ligado (detalhe básico, mas ignorado por muitos).

As leituras devem ser feitas de maneira pausada, audível e não-monotônicas

Na Procissão de saída, o Ministro da Palavra faz novamente a genuflexão ao santíssimo e prossegue na mesma posição da entrada.

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